9 de setembro de 2016

A responsabilidade ao gerar um filho!

Gerar filhos talvez seja a coisa que mais requeira responsabilidade na vida de uma pessoa ou casal, especialmente em se tratando de hoje e, com mais razão, num futuro próximo.  Imagine ser responsável pela vida de um outro ser humano?  Até mesmo os ratos defendem, cuidam e alimentam seus filhotes até que esses possam fazer a vida sozinhos, por que não o homem que, em tese, é racional - colocar mais alguém no mundo pelo simples fato de ser contrário ao aborto, por exemplo, é um dos fatores mais egoísticos que conheço.

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por PAIS E FILHOS - InSTruMenTaL

No Brasil, e em quase todo o mundo, a expectativa de vida aumentou; por isso, e por outros fatores mais, chegará o momento em que haverá escassez de alimentos e água.  Hoje, esses insumos necessários a vida são abundantes, apenas mal distribuídos.  Uns tem muito e outros nada.  Em alguns países há fome e em outros desperdício de comida nos restaurantes e nas lares - em alguns até existem "guerra de comida" como forma de comemoração tradicional (ex.: La Tomatina, festa típica na España onde se atira tomates uns nos outros); quantos milhares de litros de água e de trabalho foram utilizados para essa colheita?  Quanta gente no mundo gostaria de ter, pelo menos, um tomate desses como refeição?

A pergunta é: - e eu, o que tenho a ver com tudo isso?  Dependendo de quem seja você será mais ou menos responsável.  Se você é do tipo que tem ou teve muitos filhos e mal se responsabilizou pela criação deles você será responsável pelo que ele se tornou ou se tornará.  Antes de gerá-los deveria ter pensado muito - se podia criá-los a todos com conforto e amor suficientes para que num futuro não viesse arrepender.  Por outro lado se você não tem nenhum, mas uma boa condição financeira e nada faz pelos que passam fome ao teu redor será só mais um egoísta em meio a tantos outros; e por fim, mas não menos importante, há que pensar no que consome e como consome.  Ao frequentar um restaurante por quilo, por exemplo, deveria colocar no prato apenas o que conseguirá comer, caso queira mais, repita - encher o prato e depois deixar não é justo; quando for à feira compre apenas o que consumirá ao longo do mês, é muito triste ter que jogar comida fora porque apodreceu ou caducou sabendo que outros passam fome.

Ahh, outro fator que considero uma imbecilidade e de um egoísmo sem limite é participar de qualquer "brincadeira ou tradição" que envolva desperdício de comida - se você tem um pouco de sanidade e amor pelo próximo, pelos desvalidos, pelos famintos, não faça isso!

Voltando ao assunto central, tema deste artigo, quero aqui manifestar minha indignação aos pais que colocam (ram) seus filhos no mundo apenas por "garantia" de uma velhice menos solitária.  Por anos ouvi de amigos(as) e parentes que deveria ter, pelo menos um filho(a), para garantir que não ficaria sozinha na velhice. Será possível que o povo não aprende que se cria filho para o mundo e não para si?  As pessoas deveriam fazer o que fazem os apaixonados por animais: crie o seu filho como cria um cão ou gato. Ame-o incondicionalmente; não espere dele nada em troca.  Não espere que ele deixe de viver para ser o teu enfermeiro na velhice; você o colocou no mundo sem perguntar se ele queria vir; deu a ele uma vida que talvez ele nunca tenha querido e ainda espera uma troca desse tipo de coisa que sequer foi um "favor"!?"?!  Ao colocá-lo no mundo você se tornou responsável por ele, pela vida que ele tem ou teve.  PENSE nisso antes de sair por aí gritando aos quatro cantos que tem um filho ingrato.

No entanto, se você foi um pai(mãe) presente, responsável emocional e financeiramente; alguém que gerou apenas por amor e, fez tudo que pôde para fazer o filho feliz, sem pensar em retornos futuros nem trocas de favores, talvez você se surpreenda e tenha o mais amoroso dos filhos ao teu lado também na velhice.

Há um ditado ou frase que diz mais ou menos isto: "você é responsável pelo que cativa"!  Parodiando eu digo: "você é totalmente responsável pelo que gera", portanto, não impute, não atribua culpa a quem não tem; se o filho é teu se responsabilize inteiramente por ele, dê a ele tudo o que necessite sem esperar retorno - se souber criá-lo, a recompensa, possivelmente, virá!

Por Elane F. de Souza (Advogada e Administradora deste Blog) Ao copiar cite a fonte

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